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Onde o mote é a fotografia e... outras eventuais peregrinações.


31
Out11

Um pouco de poesia

por Maximiliano

Barca Bela

 

Pescador da barca bela,
Onde vais pescar com ela,
Que é tão bela,
Oh
pescador?

Não vês que a última estrela
No céu nublado se
vela?
Colhe a vela,
Oh pescador!

Deita o lanço com cautela,
Que
a sereia canta bela...
Mas cautela,
Oh pescador!

Não se enrede a
rede nela,
Que perdido é remo e vela
Só de vê la,
Oh
pescador.

Pescador da barca bela,
Inda é tempo, foge dela,
Foge
dela
Oh pescador!

 

Almeida Garrett, Folhas Caídas

 

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publicado às 21:27

31
Out11

Velharias

por Maximiliano

 

 

Velharias no Muro da Ribeira

http://www.rotas.xl.pt/0604/600.shtml

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publicado às 20:47

31
Out11

Ferreira de Castro

por Maximiliano

 

Escultura na Foz do Douro de homenagem a Ferreira de Castro

http://abeiradeumataquedecriacao.blogs.sapo.pt/4179.html

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publicado às 19:22

26
Out11

Pérgula

por Maximiliano

Ainda sabemos cantar,

Ainda sabemos cantar,
só a nossa voz é que mudou:
somos agora mais lentos,
mais amargos,
e um novo gesto é igual ao que passou.

Um verso já não é a maravilha,
um corpo já não é a plenitude.

 

Eugénio de Andrade

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publicado às 22:09

25
Out11

Descanso

por Maximiliano

Tempo de descansar

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publicado às 22:09

25
Out11

Pegadas

por Maximiliano

Pegadas na Areia

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publicado às 21:51

24
Out11

Ocaso

por Maximiliano

Aguardei que chegasses mas o ocaso precipitou a certeza da tua ausência permanente.

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publicado às 21:46

23
Out11

Garça-Real

por Maximiliano

 

 

 

As garças no estuário do Rio Douro

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publicado às 18:37

19
Out11

As mãos

por Maximiliano

Coração Habitado

 

Aqui estão as mãos.
São os mais belos sinais da terra.
Os anjos nascem aqui:
frescos, matinais, quase de orvalho,
de coração alegre e povoado.

Ponho nelas a minha boca,
respiro o sangue, o seu rumor branco,
aqueço-as por dentro, abandonadas
nas minhas, as pequenas mãos do mundo.

Alguns pensam que são as mãos de deus
— eu sei que são as mãos de um homem,
trémulas barcaças onde a água,
a tristeza e as quatro estações
penetram, indiferentemente.

Não lhes toquem: são amor e bondade.
Mais ainda: cheiram a madressilva.
São o primeiro homem, a primeira mulher.
E amanhece.

Eugénio de Andrade, in "Até Amanhã"

 

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publicado às 22:15

19
Out11

Cardos

por Maximiliano

Começo a dar-me conta: a mão
que escreve os versos
envelheceu. Deixou de amar as areias
das dunas, as tardes de chuva
miúda, o orvalho matinal
dos cardos. Prefere agora as sílabas
da sua aflição.


Eugénio de Andrade

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publicado às 21:54

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