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Onde o mote é a fotografia e... outras eventuais peregrinações.
A Quinta do Freixo, num terreno em declive junto ao rio Douro, perto da desembocadura do rio Tinto, existe desde o século XVII.
O palácio foi erguido pelo cónego D. Jerónimo de Távora e Noronha, senhor abastado de Entre Douro e Minho, herdeiro do deão da Sé do Porto, D. João Freire. Responsável pela vinda do arquitecto italiano Nicolau Nasoni para a cidade do Porto em 1725, escolheu-o para o projeto, executado em meados do século XVIII.
A propriedade foi legada a seu irmão mais novo, Vicente Távora e Noronha, cavaleiro da Ordem de Malta. Um dos seus descendentes, Jorge António Salter de Mendonça (1804-1872), 2º Visconde de Azurara vendeu-a em 1850 aAntónio Afonso Velado, rico comerciante do Porto, enriquecido no Brasil e que seria nobilitado em 1865 por Luís I de Portugal como Barão e Visconde do Freixo. Velado aqui estabeleceu residência, redecorando o palácio a seu gosto e estabelecendo-lhe uma fábrica de sabão em anexo. Fez substituir as antigas pedras de armas dos Távora pelo escudo partido de Afonso e Cunha.
Ainda no século XIX o palácio passou para a posse do alemão Gustavo Nicolau Alexandre Petres, que converteu a fábrica de sabão em uma destilaria de cereais, que viria a ser destruída por um violento incêndio.
Em meados da década de 1850, a propriedade foi retalhada em lotes, sendo a habitação e os jardins envolventes adquiridos pela Companhia de Moagens Harmonia, que fez erguer uma fábrica de moagem a escassos metros do palácio, agora transformado em sede da empresa, assim como um silo com cerca de quarenta e cinco metros de altura.
O palácio foi classificado como Monumento Nacional em 1910, embora, à época, na prática, sem qualquer zona de protecção. Caiu desde então em abandono.
Em 1986 o palácio e a envolvente foram adquiridos pela Câmara Municipal do Porto, à Moagens Harmonia, para aí instalar um Centro de Formação Profissional.
No âmbito do projecto "Metropólis" foi objeto de um minucioso projeto de restauro assinado pelo arquiteto Fernando Távora (1923-2005) e seu filho José Bernardo, descendentes dos primitivos proprietários. Os trabalhos de consolidação e restauro tiveram lugar de 2000 a 2003.
A partir de então o conjunto foi palco de inúmeros eventos.
Posteriormente, o palácio foi cedido pela Câmara Municipal ao Grupo Pestana para a instalação da maior das Pousadas de Portugal, a Pousada do Freixo, requalificada em 2009.
Wikipédia
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